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terça-feira, 11 de novembro de 2014

A escolha da maternidade e o parto

A escolha da maternidade:
Eu e o Ro conversamos muito com o meu obstetra sobre qual maternidade escolher. Ele nos citou algumas (São Luiz, Pró Matre, Santa Joana, Santa Catarina), e disse para ficarmos à vontade na escolha.

À princípio, tínhamos em mente a Pró Matre, porque a priminha do Ro nasceu lá, e quando fomos visitar, gostamos bastante, e além disso eles tem aquele "Espaço Vida", que é um visor plasmático na janela sala de parto, que fica opaco durante a cirurgia, mas após o nascimento do bebê e a permissão do médico e dos pais do recém-nascido, fica transparente, permitindo que os familiares presentes acompanhem os acontecimentos logo após o nascimento.

Agendamos uma visita e fomos conhecer a maternidade. As instalações são ótimas, a visita foi bem legal, gostamos da estrutura... Mas na hora de conhecer o quarto, veio a surpresa. Não havia nenhum quarto disponível para conhecermos, porque a maternidade estava lotada. Foi aí que eu perguntei: Se está lotada, e eu quiser ter o bebê aqui, como faz? Corro o risco de ficar sem vaga? A atendente do tour me respondeu que se for parto normal, eles não podem me mandar embora, então eles fazem o parto, e tenho que ficar na casa esperando até vagar quarto ou até mesmo ser transferida. Então perguntei se caso meu parto fosse cesárea e meu médico fizesse o agendamento com antecedência, se ainda assim correria o risco de ficar sem quarto? E a resposta foi pior ainda: O fato do médico agendar o parto não significa que o quarto seja reservado. Se no dia e hora marcados para o parto não houver vaga, então nós não realizarmos o parto e a mãe tem que procurar outra maternidade ou voltar outro dia.
Aí me pergunto: Você chega lá, ansiosa, nervosa, com medo, insegura para fazer o parto e ter logo seu bebê, e quando chega lá é obrigada a sair correndo atrás de outro lugar, porque aquele que você escolheu e planejou com antecedência não pode te receber. Imagina o desespero.
Então, perguntei ao meu médico se isso já havia acontecido com ele, que me respondeu que só no primeiro semestre de 2014 já havia acontecido 3 vezes.
Dissemos à ele que a segunda opção era o São Luiz ou o Santa Joana, e pedimos a opinião dele, que foi a seguinte: "Eu prefiro o São Luiz. A Pró Matre tem esse problema de vaga, principalmente por causa desse Espaço Vida que está na moda. O Santa Joana é da mesma rede da Pró Matre, mas é muito lotado. Ambos são ótimos, mas tem esse problema."
Foi então que ele nos sugeriu que visitássemos outras maternidades e caso realmente optássemos pela Pró Matre e o parto fosse cesárea, ele agendaria lá, mas por precaução agendaria também em outra maternidade.

Baseados no que ele disse, agendamos a visita no Hospital e Maternidade São Luiz. Infelizmente o Ro não conseguiu ir comigo, então fiz o tour sozinha.
Já senti a diferença desde o início. A atendente foi super atenciosa, e além dos panfletos e informativos com tudo o que era necessário saber, eles ainda dão brindes (no meu caso foi um Higiapele da Johnson's e um álcool gel pequeno. Nada de mais, mas são mimos que na minha opinião fazem a diferença).
Adorei toda a estrutura do Hospital, mas as coisas que mais me atraíram (além da qualidade no atendimento ao bebê, que na minha opinião é prioridade) foram:
- Nascimento via web: Após o nascimento do bebê a sala de parto é filmada de modo que só apareça o pai, o bebê e o rosto da mãe, por 10 minutos. A filmagem é transmitida em tempo real no site do São Luiz, apenas para as pessoas que possuírem a senha, que é fornecida à mãe no momento da internação. Além disso, para as pessoas que quiserem assistir do hospital, o wifi é liberado e há um espaço no 2º andar, na frente de uma lanchonete, onde todos podem ficar.
Comparando com a Pró-Matre: prefiro o serviço web do que o Espaço Vida, porque na web até os parentes e amigos distantes podem participar deste momento incrível.


- Berçário de recém-nascidos e primeiro banho: Após o nascimento, os bebês que estão bem vão para um berçário de recém-nascidos, também localizado no 2º andar, onde ficam aguardando avaliação médica para depois subir para o quarto. Este berçário é todo de vidro e os amigos e familiares que optaram por assistir o nascimento via web no hospital podem ver o bebê assim que ele chegar. O primeiro banho também é dado lá, na presença de uma enfermeira e do pai, e todos podem assistir pelo vidro também.
Comparando com a Pró-Matre: A Pró Matre possui apenas os berçários setoriais, ou seja, nos andares. Porém há andares que não tem esse berçário, então a mãe fica em um andar, e o bebê em outro. Achei péssimo.
- Segurança: Na entrada dos quartos de cada andar há um segurança na porta, e a entrada de visitas só é permitida depois que são anunciadas e o pai ou a mãe autorizam. 
Comparando com a Pró-Matre: Lá você se identifica apenas na entrada da maternidade e tem acesso livre à todos os quartos do Hospital. Não gostei disso.
- Os bebês ficam no quarto: Todo andar possui seu próprio berçário, mas os bebês podem ficar no quarto com a mãe. Eles pegam os bebês por um curto período na madrugada, para as mês descansarem, e também quando é necessário trocar fralda ou fazer exames. Mas se a mãe optar por ficar com o kit do bebê, elas mesmas podem fazer as trocas. Além disso, quando os bebês estão no berçário é possível ver do quarto, pois há um canal na TV que mostra a câmera do berçário e podemos acompanhar tudo o que acontece lá.
Comparando com a Pró-Matre: Como disse no item acima, não são todos os andares que tem berçário. Eles também possuem câmeras nos berçários, e são individuais, mostrando cada bercinho. Achei isso super legal, se não fosse pelo fato de que só quem paga pelos quartos tops (que os convênios não cobrem) é que tem esse serviço disponível.

E por fim, a pergunta principal: Corro o risco de ficar sem quarto, ou de não ser admitida no momento do parto por falta de acomodação?
E a resposta foi: NÃO. Nossos pacientes não correm este risco ou passam por este inconveniente. Caso ocorra o "Baby Boom" (quando nascem muitos bebê no mesmo dia e a maternidade fica lotada), é providenciado um quarto na Ala hospitalar, com as mesmas características e assistência que a maternidade, com a diferença de que não tem berçário, então o bebê fica o tempo todo com a mãe. Mas assim que alguma acomodação for liberada na maternidade, se for o desejo da mãe, eles fazem a transferência.

Pronto. Decidido, escolhido. Hospital e Maternidade São Luiz.
Tive a Julia lá mesmo, e não me arrependo. Apesar de ter ficado presa no elevador, de resto correu tudo bem. Além da visita das enfermeiras no quarto para dar a medicação e me monitorar, recebi a visita:
- da nutricionista: que passou diversas orientações sobre o melhor tipo de alimentação para mim (tanto para o meu bem estar, quanto para o da Julia, já que nossa alimentação influencia no leite materno);
- do GAAM (Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno) que ensina como amamentar corretamente, o jeito certo de segurar o bebê, como fazer para o bebê pegar direito, como cuidar dos seios. E além da visita no quarto, eles possuem um canal interno de televisão que mostra um curso com todas as dicas do GAAM, e um telefone para tirar dúvidas. E também alguns dias após eu ter alta, quando já estava em casa, uma enfermeira do GAAM entrou em contato comigo para saber como eu e a Julia estávamos, tirou algumas dúvidas minhas, e me deu total apoio e atenção em relação ao assunto, e isso foi o que mais me agradou. Adorei!
- de uma profissional responsável por ensinar massagem no bebê: Ela apenas passou no quarto e entregou um folheto com dicas de massagem passo a passo, e nos informou que, caso desejássemos, era só ligar no telefone disponível no panfleto para agendarmos uma visita dela para ensinar pessoalmente a massagem (o serviço é gratuito). Fiquei morrendo de vontade de agendar, mas e tempo? Não tinha como, tinha visita toda hora, e quanto não tinha eu precisava comer, dormir, tomar banho, amamentar... complicado.
- da enfermeira para ensinar dar banho no bebê: O banho é dado no quarto e ela ensina passo a passo do banho, como pegar o bebê, como banhar, como lavar, onde limpar, e como trocar a fraldinha. Muito legal para papais de primeira viagem e que não fizeram o curo preparatório (que é o meu caso).

As refeições eram gostosas, os lanchinhos também.

As enfermeiras eram atenciosas.

Também no circuito interno de TV, passa diariamente o DVD que eles dão de brinde no momento da alta (que por sinal eu não recebi. Acho que esqueceram de me dar e eu esqueci de pedir) e que fala tudo sobre cuidados com o bebê, como banho, soluços, troca de fralda, cuidados com o umbiguinho, amamentação,...

No geral gostei bastante, e quando tiver outro filho provavelmente terei lá novamente.

O parto:
Este é um assunto que eu odeio falar. Todo mundo adora dar palpite e julgar, mas cada gestante tem uma condição que faz com que o parto normal ou cesárea seja o mais indicado/adequado. Tem mulheres que preferem escolher, outras preferem avaliação médica. No meu caso, acho que tanto o parto normal quanto cesárea tem seus prós e contras. Preferi cesárea por diversos motivos, inclusive recomendação médica, por motivos que não precisam ser ditos.
Podem me julgar, eu não ligo. Não me arrependo da escolha feita.

Recuperação do parto:
Cesárea? Que cesárea? Nem parecia que fui operada. Não senti dor nem incômodo. Fiz tudo numa boa e as vezes até esquecia da cirurgia. Mas tive que tomar todos os cuidados, como tomar a medicação direitinho, lavar bem o curativo, não fazer força ou carregar peso... essas coisas.
Fiquei super inchada na primeira semana, principalmente nos pés e pernas, mas isso é normal. Foi só colocar as pernas para cima algumas vezes por dia, e ganhar uma deliciosa massagem da minha mãe antes de dormir, e pronto.
A barriga começou a diminuir super rápido. Comprei a cinta para ajudar, mas em menos de 1 semana ela ficou grande demais e tive que usar uma outra. Voltei super rápido e em 20 dias já tinha perdido quase todo o peso que ganhei na gestação, faltando perder apenas 1 kg. Hoje não só já perdi tudo, como estou pesando menos do que quando engravidei ;) E ainda tem coisa pra perder aqui rsrs. Continuo usando a cinta, e agora que irá completar 60 dias do parto já estarei liberada para atividades físicas. Não sou muito fã de exercícios, mas preciso fazer para perder o restinho de barriga que ficou, e principalmente para firmar a pele, porque eu sinto que estou toda molenga nas pernas, bumbum, barriga... Vou ver se consigo voltar a fazer Yoga nas horas vagas (como se houvessem muitas hahaha).

Bom, é isso. Agora vou começar a postar aqui minhas experiências desde o dia do nascimento da Julia, até hoje em dia, quando ela está completando quase 2 meses. Vou postar também sobre a evolução dela e os cuidados diários.


Beijos e até a próxima postagem ;)

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