Nunca pensei que me sentiria a pessoa mais feliz do Universo, mesmo tendo enjoos constantes, vomitando, sentindo um calor absurdo, uma fraqueza incontrolável, um sono pesadíssimo e fora de hora, fome à todo momento, vontade de chorar sem motivo, sentindo que carrego 100 toneladas em cada perna, insônia, dores musculares na barriga, falta de ar, etc, etc e etc.
Cada uma dessas coisas vale MUITO, mas MUITA a pena, cada vez que eu sinto a Julia pular aqui na minha barriga, ou quando ela soluça, ou quando ela estica as perninhas parecendo que vai abrir um buraco na minha barriga, ou quando à vejo e ouço seu coração nos US.
E pensar que daqui poucas semanas ela vai estar aqui comigo.
Já sinto saudades da barriga, e de estar 100% do tempo colada com ela. Dela ser "só minha" o tempo todo. Mas ao mesmo tempo, não vejo a hora de ver a carinha gordinha dela.
"Agora estou de licença, chegou a hora de descansar." - Pensamento de uma gestante iludida.
Não, não chegou a hora de descansar. Por que? Cada dia que passa a ansiedade aumenta. Cada dia surge uma nova coisa para fazer.
Tenho exames para fazer, depois resultados para buscar, tenho médico uma vez por semana, ainda tenho que montar as lembrancinhas da maternidade, faltam lavar algumas roupinhas e outras coisinhas da Juju, preciso arrumar meu armário cheio de roupas que não uso mais, ainda não fiz uma sessão de fotos decente (antes que meu nariz fique esparramado na cara)...
E na hora de dormir... vish! Se ajeitar na cama é um dos menores problemas. O maior deles é a dor na orelha que eu sinto. Sim, dor na orelha.
Sempre dormi de bruços ou barriga para cima, mas por motivos lógicos isso não é mais possível já tem um tempo, e o que me resta é... dormir de lado. E eu devo ter uma cabeça ou muito grande, ou muito pesada, porque acordo com a orelha gorda, vermelha e dolorida. Mas tirando isso, o outro problema é a insônia. Por mais cansada que eu esteja, acordo pelo menos 1 vez à cada hora para fazer xixi, e quando deito na cama de novo minha cabeça fica à mil. Os pensamentos tomam conta, sem eu querer. Não dá para controlar haha. Aí eu acordo, e venho para a sala ver TV, jogar Candy Crush, Farm Heroes Saga, escrever no blog...
E agora nesta reta final, mais do que nunca, tenho que exercitar minha mente e meu espírito, para passar por certas coisas. Por exemplo:
PACIÊNCIA: Preciso realmente trabalhar isso. O que não falta é gente se metendo onde não é chamada, e querendo tornar uma simples opinião (que as vezes eu nem pedi), numa imposição. Alô você, pessoa que já teve filho,... não dei palpite na sua vida e você já fez (ou não) o que achava melhor ou queria para o seu filho. Então, por favor, deixa que com a minha filha faço eu.
Alô você pessoa que ainda não teve filho... Quando sua hora chegar, você faz o que achar melhor.
Adoro conselhos, adoro ouvir histórias, adoro a atenção das pessoas... mas tudo isso é muito diferente do que ter que ouvir um "faz desse jeito, não desse outro", "use isso, não isso", "comigo foi assim, então faz igual". Como minha mãe diz, há maneiras e maneiras de se falar as coisas. Todo mundo pode tentar colaborar dando sua opinião, mesmo que eu discorde, ou contando sua experiência, mas isso não significa que eu tenho que fazer igual, ou que o mesmo vai acontecer comigo.
Estou tentando ser o mais educada, gentil e paciente possível, para que ninguém fique chateada, mas por favor, não teste meus limites rsrs.
CHORO: Até que chorei pouco... mas agora no final, ando mais emotiva mesmo. Eu choro sem nem saber porque... simplesmente porque sinto vontade. Não tenho como explicar. Não foi nada que eu senti, ou pensei, ou que aconteceu. É pelo simples fato de ter vontade, do nada... e a única explicação: hormônios. E para minha sorte, mais uma vez, meu marido, meu herói, está do meu lado, sem reclamar de nada, só me dando apoio e carinho. Te amo Ro!
APARÊNCIA: Para ser sincera, estou satisfeitíssima com a minha aparências nesses 9 meses que se passaram. No comecinho algumas espinhas, a pele mais oleosa e o cabelo caindo me deixaram um pouco desconfortável. Mas durou pouco. Meu cabelo está ótimo, não estou com a cara redonda, não fiquei inchada, não engordei muito... A única coisa que me lascou foram as estrias. Mas tudo bem, depois me afundo nos tratamentos hahaha
Aliás, falando nisso, quero aproveitar um recado para você, pessoa que desde que eu contei que estava grávida, disse que eu ficaria enorme de gorda: Ficar gorda é muito diferente de estar barriguda. Estou linda e magra hahaha. Não fiquei enorme e horrorosa como você imaginou e previu.
Estou muito mais para uma azeitona num palito
Do que para um sonho de padaria
HAHAHAHAHAHAHAHA
Outra coisa que eu tinha certeza que não ia acontecer, era meu umbigo saltar para fora. Ele sempre foi muito fundo. Mas minha amiga Helena, disse desde o começo que ele ia saltar sim, e eu dizia: Magina, até parece. Isso não vai acontecer, ele é muito fundo.
Enfim, o tempo foi passando e meu umbigo ficando cada vez mais raso. Aí eu pensei: Caramba! A Helena tinha razão.
Masssss, ... não! Ele está retinho, mas não satou \o/ hahaha
Viu Helena, num disse (ainda bem, porque você quase, quase mesmo, acertou hahaha)?
Olha a prova aí:
CANSAÇO: Tem dias que eu acordo e realmente, não tenho forças nem para sair da cama. Mas nestes últimos dias, apesar de me sentir assim muitas vezes, acordo com pique total (psicológico) para fazer mil e uma coisa. Isso tudo por causa da empolgação de deixar tudo lindo, pronto e ajeitado para a chegada da Julia. Mas a realidade é que meu pique mental/psicológico não corresponde (nem um pouco) com o pique físico. Eles estão na seguinte proporção:
Pique mental/psicológico Pique físico
ANSIEDADE: Sempre fui super ansiosa, e confesso que estou hiper orgulhosa de mim mesma. Estou me controlando muito bem, se comparada ao meu "antigo eu". Parte disso devo às aulas de Yoga que tive com a minha Nonna. Aprendi a me conhecer melhor (física, mental e espiritualmente) e a controlar a mim mesma.
Claro que, diante das circunstâncias, fica difícil mantes 100% do controle. Realmente fico ansiosa para ter tudo resolvido antes da neném nascer, porque por mais que a data do nascimento esteja mais ou menos prevista, sabemos que imprevistos podem acontecem à qualquer momento e desmoronar todos os nossos planos. Além disso, cada vez que eu consigo terminar algo que estava me preocupando, uma nova coisa surge para fazer. Na verdade, não é que surge, é que eu acabou lembrando ou me atentando à um fato ou alguma tarefa que, diante das outras que eu resolvi, eram menos importantes ou relevantes.
Por exemplo: O quarto dela está quase 100%, faltam apenas detalhes. Se ela nascesse hoje, teria total condição e estrutura de "se habitar" o quarto. Mas mesmo assim, quero deixá-lo impecável e sem nenhum detalhe pendente. Isso já me deixa ansiosa.
As roupinhas dela, alguns cobertores, toalhas de banho, paninhos de boca, fraldas descartáveis, e qualquer outros itens necessários para pelo menos os 3 primeiros meses de vida estão devidamente lavados, passados e guardados. Mas eu queria deixar tudo, todas as coisas que ela tem, assim... devidamente lavados, passados e guardados, mesmo que eu não vá usar nada agora.
Isso já me deixa ansiosa.
As malinhas da maternidade (tanto dela, quanto a minha e do Ro) estão prontas. Mas eu sempre lembro de algum detalhe que terá que ser colocado de última hora. Coisas bobinhas e que talvez a gente nem precise.
Isso me deixa ansiosa.
Na realidade são coisas mínimas mesmo, mas que eu me apego, e que acabam me deixando ansiosa. Meu esforço para manter a calma e o controle são diários. Mas estou conseguindo me sair bem (eu acho).
Bom, acho que por enquanto é isso que eu tenho para contar. Se tudo continuar correndo bem, dentro das próximas 2 ou 3 semanas ela deve nascer. Então vamos ver se antes disso ainda consigo postar mais coisas aqui, com novidades sobre esses últimos dias de graúda hahaha.
E como faz tempo que não coloco fotos do barrigão, já que as últimas foram há mais de 1 mês, lá vai:
Com o pijama do papai rsrs
Beijos!