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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

15 de setembro de 2014

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Estava doida para escrever aqui no blog, porque tenho MUITA coisa para contar... Mas o tempo para isso é que está complicado. Mas para resolver o problema, vou ter que escrever as poucos mesmo.

Vou contar tudo o que tem se passado na minha vida de mãe (ai que orgulho dizer isso), desde o dia em que minha gostosinha nasceu.

Dia 15 de setembro de 2014. O dia mais lindo, perfeito e abençoado. O dia em que minha vida mudou para sempre. O dia em que descobri que meu coração bate em outra pessoa, que eu não sou mais nada sozinha, que eu vivo por um outro alguém, que eu descobri um tipo de amor tão puro e verdadeiro que não se pode explicar. O dia em que eu descobri que posso passar o resto da minha vida chorando (de alegria, satisfação e gratidão). Sim, choro quase todos os dias.

Mas vamos lá... 
Neste dia 15, acordei, tomei meu banho, arrumei o cabelo, almocei, revisei todas as coisas para levar para a maternidade e pronto. Estávamos preparados para ir. Eu, o Ro e minha mãe colocamos tudo no carro (inclusive a ansiedade), e fomos rumo à nova vida.

Chegamos na Maternidade às 15:30h, e dei entrada na internação. Estava lotado, e só fomos para o quarto por volta das 17h. 

Lá a enfermeira colocou em mim aquele aparelho (que não faço ideia do nome) para monitorar o bebê. Esse aparelho fica medindo a frequência cardíaca do bebê, e eu tinha ouvido dizer, ou li em algum lugar, que quando as mães conversam com seus bebês, a frequência cardíaca deles sobe. Pois bem, ... Resolvemos testar.
Os batimentos da Juju estavam em 140 bpm quando comecei a conversar com ela, e rapidinho foi subindo cada vez mais. Foi para uns 157 bpm, quando eu parei de falar e o Ro começou. E continuou a subir... foi para uns 165 bpm, mais ou menos. E na sequência minha mãe começou a falar, até que chegou em 173 bpm. Quando paramos, os batimentos foram baixando, e voltaram para perto dos 140 bpm. Além disso, dava para ver ela se mexendo loucamente na barriga. Foi incrível. Ou seja, comprovado que quando as mães conversam com seus bebês, a frequência cardíaca deles sobe.


Momentos depois do monitoramento <3































Depois disso, recebi as instruções das enfermeiras, sobre a paramentação para usar no parto e sobre os horários. Era para que me trocar às 19h, para que o médico passasse para me buscar às 19:30h. Até então, eu estava tranquila.

Começaram a chegar as visitas. O quarto ficou cheio de gente querida que foi para me apoiar, ver meus últimos minutos de barrigão, e principalmente, ver a Julinha.
Foram as avós, bisavós, avô, tios-avôs, tias-avós, tio, tias, amigos... Enfim. Uma festa.


Uma parte da família presente (faltaram alguns na foto)



Eis que chega a hora. O parto estava marcado para 20h.

Já estava devidamente paramentada...

E linda rsrs



... e me despedi de todos para encontrá-los só depois da grande hora. Aí veio a emoção forte. Na mesma hora que comecei da sair do quarto, já comecei a chorar. Mix de emoções. Me senti feliz, ansiosa, com medo, grata por tudo e pela família que tenho... enfim.

Sentei na cadeira de rodas e fomos rumo ao centro obstétrico, eu, o Ro e a enfermeira que me levava. Entramos no elevados e tinha uma obstetra dentro também. O Ro desceria no 2º andar para se paramentar para assistir o parto, e eu entraria pelo primeiro andar, direto no centro obstétrico.
O elevador parou no 2º andar para o Ro descer e... a porta não abriu. Isso mesmo, ficamos presos no elevador. A enfermeira interfonou para a segurança avisando, e pediram que esperássemos o pessoal da manutenção, que teoricamente chegaria em 5 ou 10 minutos. Óbvio que isso não aconteceu. Conclusão: Todo mundo que esperava para ver o parto via web ficou desesperado sem saber notícias (ninguém sabia que estávamos presos no elevador), os médicos ficaram atrás da gente para saber o que estava acontecendo, e eu já estava morrendo de calor e começando a sentir dor dentro daquele lugar fechado (detalhe: tenho claustrofobia e ODEIO elevadores... morro de medo). Passaram 20 minutos e a enfermeira disse que ia pedir para acionarem os bombeiros, pois de depois desse período a manutenção não chega, o corpo de bombeiros pode ser acionado. E disseram que o pessoal da manutenção já estava chegando. Ficamos entre 30 e 40 minutos presos, até que a manutenção chegou. O Ro conseguiu correr e avisar o tio dele, que avisou o resto da família, que estávamos aquele tempo todo presos.
Por fim, chegamos no C.O. e estavam todos os médicos me esperando.
Foi tudo muito rápido, e muito lindo. Foi o dia mais lindo e feliz da minha vida.

A maternidade estava tão lotada, que ficamos mais tempo que o esperado no C.O. esperando para que a Julinha fosse para o berçário e para o primeiro banho, e para que eu fosse para a sala de recuperação. Enquanto isso, minha pequena bebê esfomeada já resolveu mamar lá mesmo. Foi tão lindo. Mas eu estava toda torta, não sentia parte do corpo por causa da anestesia, e por isso não conseguia me ajeitar. Mesmo assim deu certo.

E mais uma vez, eu super linda rsrs


Depois disso, fui para a sala de recuperação, e apesar do cansaço, não consegui dormir de jeito nenhum. Eu só queria ir logo para o quarto, ver minha família, e ver logo minha filha. Nunca tinha ficado tanto tempo longe dela rsrs.

Cheguei no quarto era quase meia noite. E o banho da Juju, que deveria ser dado após o nascimento dela, lá no berçário, onde toda família pudesse assistir, infelizmente só foi dado perto da 1h, quando quase todos já tinham ido embora. Só minha mãe, a Dani e a Telminha conseguiram assistir.

Enquanto isso, fiquei sozinha no quarto, só esperando meu bebêzinho lindo chegar. E quando foi por volta das 3h, ela chegou :) Direto para mamar.

Foi esse meu dia 15 de setembro de 2014, o dia mais perfeito da minha vida.

Nos próximos posts vou contando do dia-a-dia, das alegrias, dos desafios, das escolhas, ...

Beijos ;*